Sinopse: É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos. Havia motivo claro em saciar-se com a sua morte, morte de quem por carne e gozo objetou-se ao incomensurável amor que me tornava tão puro. Eu estripei-o com suas facas imundas de trabalho banal, e escalpelei por mimo infantil, de criança brincalhona, ao ver os índios e escalpes na TV. Matei o demônio com noventa facadas, cultivando um novo demônio sanguinário em mim, portanto não negarei ter feito a coisa mais maravilhosa que eu poderia fazer por minha inconsequência gloriosa naquele momento: Eu matei o cozinheiro..
"Raras serão as histórias, muitas serão as lendas"
E é com essas palavras que não me saíram da mente desde que li, que venho abrir essa resenha.
Primeiro quero agradecer ao Selo brasileiro pela oportunidade nesse book tour.
Eu tenho que parar com as resenhas repetitivas dos livros do qual me encanto. Tudo é a mesma coisa: falando que é surpreendente, que eu recomendo... Enfim. Acabou! Sério.
O porquê dessa mudança? Porque simplesmente me faltam palavras para tal livro.
A subjetividade, as palavras metafóricas, o próprio enrendo... E isso tudo em apenas 80 (sim caro leitor, você leu certíssimo) páginas. Ah e detalhe: o livro é muitíssimo pequeno, digo isso pelo tamanho mesmo.
Eu estou felicíssima por ler nesses últimos tempos livros bons de autores brasileiros. A minha última resenha de livro nacional foi a do livro Lázarus da qual me foi uma surpresa imensamente boa. Já com esse livro de Allan não foi surpresa nenhuma porque já esperava que seria um ótimo livro.
A morte do cozinheiro veio dividido, mais especificamente que os outros livros, em 3 partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Na introdução vemos o amargor do personagem Luiz em relação ao infeliz do cozinheiro que "roubou" sua namorada. Vemos a aflição, o desespero do jornalista aspirante a escritor e o principal: o ódio.
No desenvolvimento começamos a saber como tudo começou, a estória, como o término do namoro aconteceu, como ela foi para o cozinheiro...
E é aí que começa as reviravoltas na estória. Como se não bastasse a pressão e seus sentimentos à flor da pele, ele recebe telefonemas misteriosos dizendo que o bendito cozinheiro quer matar sua amada.
E qual é a solução de acabar com esse ódio e ameaça? Sim, matar o cozinheiro do jeito que ele deve: estripado.
A conclusão não posso dizer nada mais que CHOCANTE.
É engraçado que mesmo sabendo do destino do cozinheiro, o livro nem por isso se torna menos intrigante. O final é esplêndido e dá um "q" de quero mais.
A literatura brasileira é tudo menos fraca. E é justamente o que esse livro confirma.
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